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A relação entre os jovens e a mobilidade

Os jovens estão se tornando cidadãos conectados cada vez mais cedo: eles têm seu primeiro smart phone antes de completar 13 anos1. Ao entrar neste mundo eles se tornam, também, consumidores conectados.  Em média, os adolescentes gastam cerca de 15% do seu orçamento com o celular.

Esta fidelidade resultou, aliás, num inesperado benefício observado num estudo realizado nas Filipinas: 20% dos jovens fumantes largaram o vício para comprar créditos para seus telefones2.

Independentemente de qual seja a concorrência, o fato é que você está disputando uma participção nos bolsos e mentes de seus jovens clientes. Para isto é necessário, entretanto, prestar atenção em alguns detalhes importantes.

Para efeitos de uma melhor organização das ideias, consideraremos que a comunicação mobile pode ter três finalidades distintas: levar o cliente a uma loja (física ou online) para que ele compre algo; fazer com que ele compre um produto digital (música, aplicativo etc.) através do próprio aparelho; ou contribuir para uma estratégia de construção/fortalecimento de marca ou disseminação de uma ideia.

Neste primeiro artigo, consideraremos a Comunicação em si e, nos próximos, veremos como cada objetivo funciona separadamente, além de conhecer alguns casos ilustrativos. (Para que você não perca os próximos textos desta série, assine nossa newsletter clicando AQUI http://bit.ly/Iabk5S)

Regras: a publicidade direcionada a jovens deve obedecer a princípios específicos, regidos pela regulamentação do CONAR (Capítulo II, Seção 11, Artigo 37)3. Deve-se prestar atenção, por exemplo, se as mensagens reforçam valores sociais positivos e não exploram a ingenuidade natural do público.

E dependendo do tipo de ação – como pesquisas e capanhas interativas – as crianças precisam da autorização dos pais para participar.

Mídia: jovens usam menos emails e mais comunicação instantânea. Aplicativos como MSN e BBM e redes de relacionamento como Facebook e Orkut (sim, ainda é importante e continuará sendo por um bom tempo) costumam ser seus meios de comunicação favoritos.

Na escolha do veículo adequado você deve levar em consideração, principalmente, a situação em que seu potencial cliente estará no momento em que estiver acessando-o. Por exemplo: ele poderá iniciar a ação que você deseja (responder, comprar ou fazer um download, por exemplo) no exato instante em que ler sua mensagem (lembre-se que este tipo de mensagem é altamente perecível)? Se ele responder, você poderá ler? Se TODOS responderem, você terá como ler?

Redes Sociais: são os grandes aglutinadores de comportamentos coletivos. Se você fizer parte de um grupo onde seus pequenos clientes interagem, terá um forte canal de comunicação. Se este grupo ainda não existe, por que não o cria?

Uma das maiores forças das redes sociais é que as informações sobre produtos são criadas/divulgadas pelos próprios participantes, dando-lhes grande credibilidade http://bit.ly/IbT621. Apesar da tentação, evite interferir diretamente neste processo. Incentive a participação dos demais membros, mas não seja a principal voz de seu canal.

Linguagem: lembre-se que você não está escrevendo um paper acadêmico, nem um livro infantil. Adeque a linguagem a seu público, sem rebuscá-lo demais nem ofender a inteligência de quem está lendo. E isto também vale para os canais de atendimento.

Na dúvida, peça a alguma criança ou adolescente para ler e explicar com suas próprias palavras o que entendeu. Pode ser que as palavras dela sejam até melhores do que as suas. Morou, bicho?

FONTES:

1. http://community.giffgaff.com/t5/Blog/giffgaff-Mobile-Facts-and-Forecasts-2012-Infographic/ba-p/3852405

2. http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1152484