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Big Data: Criando o poder de mover montanhas

Por Manju Bansal.

Nos últimos anos, o Big Data passou de “outra grande promessa” de TI para um verdadeiro tsunami virtual carregando as empresas e consumidores. Humanos, organizações, dispositivos e máquinas de todos os tipos agora contribuem com ondas enormes de dados para o que está sendo chamado de ”Universo de Dados”. E tal como o verdadeiro universo, o universo de dados continua a expandir-se rapidamente.

Então não é nenhuma surpresa que em apenas dois anos foram criados mais dados do que em toda a história da humanidade, de acordo com o grupo de pesquisa escandinava SINTEF. Uma rápida pesquisa do termo “Big Data” produz um emaranhado de estatísticas, algumas tão superlativas quanto o termo que tentam definir.

Uma estatística em particular me chamou a atenção:  até 2020, cerca de 1,7 megabytes de informações novas serão criados a cada segundo para cada ser humano no planeta, de acordo com o estudo anual da IDC Universo Digital. Nesse ponto, o mundo enfrentará o conhecimento digital de cerca de 44 Zetabytes, algo como 44 trilhões de gigabytes, contra apenas 4,4 zetabytes de hoje. (Enquanto a escala completa deste universo em expansão é impressionante, vale recordar que enviamos astronautas para a lua ida e volta usando computadores com apenas 2 kilobytes de memória RAM).

Além da escala, complexidade e variedade do Big Data, é importante destacar outros dois fenômenos:

  • Primeiro: grandes corporações são as responsáveis, ou culpadas, pela grande maioria destes dados (alguns estudos estimam que a fatia pode chegar a 85%). Ainda assim, mais de dois terços dos dados são gerados por consumidores individuais. Considere o Facebook, cujos 829 milhões de usuários em todo o mundo criam, diariamente, 4,5 bilhões de “likes”, atualizações de status e compartilhamento de fotos. Não é surpresa que esse volume de dados ajudou o Facebook a chegar em $2,9 bilhões de dólares em receita, apenas no segundo trimestre de 2014.
  • Segundo: a grande maioria de dados nunca é usada. Na verdade, como o editor sênior do MIT Technology Review, Antonio Regalado, observou em um artigo de 2013, apenas 0,5 por cento de todos os dados é, em algum momento, analisado.

O infográfico abaixo explora o estado dos dados pessoais de hoje e as futuras oportunidades que oferecem. À medida que mais pessoas em todo o mundo se conectarem através de cada vez mais dispositivos móveis, o tsunami do Big Data provavelmente continuará  a nos desafiar. Mas também abrirá novas linhas de negócios e criará novas categorias de trabalho. E, claro, novas estruturas reguladoras e códigos de conduta surgirão, mesmo enquanto empresas continuam a lucrar com dados pessoais dos consumidores.

Mais de 2.000 anos atrás, o matemático e astrônomo grego Arquimedes disse: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo”. No mundo de hoje, o Big Data é a alavanca que tem o potencial de mover montanhas.

Infográfico_Big_Data