A evolução nem sempre se restringe à criação de algo novo; muitas vezes ela surge quando se explora algo já existente. É assim com a Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês para Internet of Things). O conceito representa a evolução da comunicação máquina-a-máquina (M2M), objetos conversando entre si para trabalharem sem que seja necessária a interferência humana.
É o futuro: ao entrar em um carro, uma câmera posicionada no painel faz a leitura e o reconhecimento facial do motorista; se o rosto não for um dos registrados pelo sistema, o programa tira uma foto e envia para o celular do dono do automóvel, a fim de evitar furtos ou o uso não autorizado do carro.
Mas podemos pensar além: o uso da IoT pode agir positivamente em nível global. As informações registradas, aliadas à Internet das Coisas, serão a chave para economizar e otimizar recursos naturais, energéticos e econômicos, melhorando a vida das pessoas. O conceito pode ser aplicado em inúmeros segmentos, como Segurança, Agricultura, Varejo, Automobilístico entre outros. No setor de Infraestrutura Urbana, por exemplo, existe a possibilidade de controlar redes de energia elétrica e água, extraindo avaliações de desempenho do sistema em tempo real e indicações de manutenção preventiva. No segmento de Saúde, o monitoramento remoto é utilizado para facilitar a vida de pacientes com doenças crônicas, pois permite que o paciente seja tratado em casa, tendo menor tempo de internação e reduzindo as despesas.
Para explorar ao máximo as possibilidades da Internet das Coisas é preciso ter em mente que tudo isso só é possível por meio da análise de dados. As máquinas por si só não fazem nada. Elas só podem agir a partir do momento em que um sensor mede e avalia informações. Nesse sentido é possível aproveitar os dados para aprimorar os resultados. Suponhamos que os sensores, analisando hábitos e horários, possam recomendar músicas de acordo com o período do dia e o possível humor do motorista e acionar possíveis destinos no GPS. Eles também poderiam fornecer informações em tempo real sobre a disponibilidade de vagas de estacionamento na região em que o motorista se encontra, auxiliando no tráfego local, diminuindo o congestionamento, além da contribuição na redução de emissão de CO2.
Pensando mais à frente, no setor de Saúde, com dados mais precisos recebidos por meio de um chip RFID sob a pele, ou mesmo por partículas nanomagnéticas circulando pela corrente sanguínea, será possível monitorar todo o organismo de um paciente a fim de prevenir diversos tipos de doenças.
Concluímos que a análise de dados é que faz a IoT ser um conceito “inteligente”, e a comunicação em nuvem promete ser o novo passo para a Internet das Coisas. A nuvem pode transmitir dados dos sensores em tempo real, otimizando o fluxo de informações e indicando às máquinas o que fazer, à qualquer hora, em qualquer lugar.
A Internet das Coisas é muito maior do que imaginamos, e se ela é o futuro, a comunicação em nuvem é com certeza a sua nova linguagem.