A Fórmula 1 é o esporte automobilístico mais tecnológico, com inúmeros fatores que abrangem velocidade, peças digitais e personalização dos carros conforme as pistas. Mas será que a tecnologia pode tomar ares tão determinantes que até mesmo o motorista pode ficar no passado?
Além das emoções do esporte, a Fórmula 1 também é um laboratório para os carros de passeio. Muitas realidades dos carros atuais nasceram nas pistas: freios, marchas no volante, pneus mais aderentes. A tecnologia que permite que um carro seja guiado sem piloto é a última novidade na área, e pode ser a grande salvação desse esporte.
Isso porque grandes montadoras e fabricantes do mercado automobilístico estão perdendo o interesse na Fórmula 1, que conta hoje com apenas Ferrari e Mercedes entre os nomes mais conhecidos. Equipes como Force India, Sauber, Marussia, Caterham e Lotus já declaram publicamente suas crises financeiras. A triste tendência é que os grids tenham cada vez menos carros, o que pode tirar também o interesse do público e até da mídia.
Uma das alternativas está sendo estreitar o relacionamento com fornecedores e fabricantes, fechando acordos que permitam que essas empresas testem tecnologias e novos produtos nos carros das equipes, dando uma forte razão para receber seus patrocínios.
Em paralelo, a Organização Mundial da Saúde está cada vez mais poderosa e popular, com uma guerra declarada às empresas de álcool, fast food, refrigerantes, doces e cigarros. Devido a proibições, ou para transmitir uma imagem mais saudável, os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo podem perder grandes patrocinadores como Coca-Cola e McDonald’s. Isso vai dificultar ainda mais o dia a dia da Fórmula 1, que vai ter que concorrer com grandes rivais esportivos em busca do patrocínio de bancos ou companhias aéreas.
Por tudo isso, a Fórmula 1 está com uma realidade difícil e sem uma solução aparente. O carro de corrida sem piloto é revolucionário, uma tecnologia incrível que iria parar multidões. Imagine um grande prêmio onde, dos 18 carros, 12 possuam pilotos e 6 possuam chips acoplados ao volante, marcha e acelerador. Os ingressos iriam esgotar, os patrocinadores iriam voltar e a audiência da TV disparar. Ao invés de receber o nome da cidade, esse seria o Grande Prêmio da Tecnologia. E talvez, ela seria mesmo a única forma de salvar a Fórmula 1.