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Transporte do futuro – como a tecnologia está nos conduzindo

Os meios de transporte sempre fizeram parte do nosso imaginário sobre o futuro. Os carros voadores dos “Jetsons”, os velozes tubos a vácuo de “Star Trek” e até mesmo o teletransporte dos filmes de ficção científica, entre tantas outras máquinas que nos levariam rapidamente para qualquer lugar do mundo.

Embora nem todas essas ideias sejam reais ainda, a tecnologia nos deixa cada vez mais próximos dessas visões. Confira alguns dos avanços tecnológicos no transporte mais promissores até agora:

Hyperloop

Já pensou percorrer quase 300 quilômetros em apenas 15 minutos? Ou realizar uma viagem de carro de 6 horas em somente 35 minutos? Essa é a proposta do Hyperloop, a ideia mais futurista de meios de transportes atuais.

Como funciona

Idealizado por Elon Musk, o Hyperloop é um sistema de tubos de baixa pressão nos quais cápsulas aerodinâmicas e de alta resistência irão flutuar sobre um fluxo constante de ar pressurizado. O tubo mantém um vácuo parcial, o que reduz a resistência do ar, fazendo com que as cápsulas consigam atingir 1.200 km/h, ou seja, uma viagem de São Paulo a Belo Horizonte levaria cerca de meia hora.

Desafios

O objetivo inicial é construir um sistema de túneis que conecte duas das maiores cidades do estado da Califórnia: Los Angeles e São Francisco. Para sair do papel, o projeto está buscando investidores dispostos a aplicar US$ 7 bilhões no sistema. Outro obstáculo, é claro, são os interesses econômicos de empresas de transporte, além da própria geografia da região. A Califórnia é um dos estados mais propensos a terremotos nos EUA. As constantes atividades sísmicas são mais um ponto que os desenvolvedores devem considerar. Enquanto isso, Musk planeja construir uma pista de testes aberta a empresas e estudantes para testar projetos baseados na tecnologia.

hiberloopCarros sem condutor

O assunto em pauta nos últimos meses prova que a ideia de carros autodirigíveis está cada vez mais próxima da realidade. Este mês a Tesla Motors anunciou a atualização de seu “piloto automático” no Modelo S, os carros que são capazes de dirigir e estacionar sozinhos. A General Motors também tem planos de introduzir um recurso semelhante em seus carros Cadillac até 2016. O recurso deverá manter o carro dentro a pista com ajustes de direção e automaticamente regular a velocidade para manter os passageiros em segurança.

Como funciona

No geral, os veículos utilizam um sistema que combina sensores, câmeras, radares e dados de mapeamento para trafegar. Chegando ao seu destino final, utiliza os mesmos recursos para buscar uma vaga disponível e estacionar.

Desafios

Apesar de toda tecnologia envolvida, a segurança dos passageiros e dos pedestres ainda é a maior preocupação. Provavelmente o maior desafio dos carros sem condutores são os próprios condutores. É preciso programar os carros para reconhecer e lidar com todas as situações possíveis e imagináveis na estrada, mas como prever a atitude dos outros motoristas? Um dos caminhos aponta para a comunicação entre veículos, algo em que os idealizadores estão pensando, mas para o qual ainda não existe um padrão.

carro sem condutor

Combustíveis alternativos

Os carros elétricos já são uma realidade crescente, apesar de ainda serem minoria, e incentivos estatais estão tornando veículos elétricos cada vez mais populares. O próximo passo: a era dos carros movidos a hidrogênio. Pioneira, a Toyota lançou em 2016 o primeiro modelo movido a célula de hidrogênio fabricado em larga escala no mundo.

Como funciona

Em questão de funcionamento, os carros movidos a hidrogênio são semelhantes aos elétricos, com o diferencial que a eletricidade que alimenta o motor do carro vem de uma célula de combustível de hidrogênio, em vez de uma bateria. Esses carros são considerados veículos com emissão zero de poluentes, uma vez que o único subproduto é a água. O tanque de hidrogênio pode ser recarregado em apenas alguns minutos, diferentemente dos carros elétricos, que podem exigir várias horas de carregamento.

Desafios

O mercado tradicional de combustíveis, a indústria do petróleo e do diesel, é o maior obstáculo. Encher o tanque desses veículos pode ser um grande desafio devido à escassez de postos de combustível de hidrogênio.

Apesar de toda a tecnologia disponível hoje, é impossível prever o futuro dos transportes. Mas com todos os olhares voltados para a melhoria da mobilidade urbana, a garantia da segurança de condutores e pedestres e a necessidade urgente de diminuição da emissão de carbono, fica mais fácil imaginar que é só uma questão de tempo antes que rodovias e ruas pareçam lugares muito diferentes. Quem sabe nosso 2020 será mais parecido com o 2015 de “De volta para o futuro”?