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O desafio da regulamentação de novos negócios na Economia Digital

A Economia Digital é um campo fértil para inovações, onde novas tecnologias colaboram para a criação de modelos de negócios totalmente novos no mercado. Uber, Airbnb, WhatsApp e Netflix são grandes exemplos. Com essas novidades, surge a necessidade de regulamentação para garantir a eficiência do serviço ou produto ao consumidor, a legalidade das atividades da empresa e o controle por parte dos setores competentes.

Como esses novos modelos de negócios trabalham frequentemente com base em economia compartilhada e digital, sua necessidade de recursos para gerir o negócio é bem menor do que o tradicional, o que permite oferecer serviços de qualidade com preços mais atrativos. No entanto, sem regras específicas, o modelo tarifário fica totalmente por conta das empresas, deixando o consumidor exposto às variações de preços. A qualidade do serviço ou produto também precisa entrar em um quadro regulamentar para que as regras internas da empresa não prejudiquem os consumidores.

O grande desafio na regulamentação desses novos negócios é que nem sempre é possível adaptar antigos regulamentos; como essas atividades são inéditas, é preciso avaliar cada caso e começar o processo do zero. Essa é uma questão de nível global, mas especialmente no Brasil, onde o excesso de burocracia e de trâmites exigidos pelos órgãos públicos e privados faz com que os processos demorem mais e encareçam novos projetos, o obstáculo se torna ainda maior.

Outro desafio nesse processo é a comunicação com instituições e sindicatos de serviços tradicionais já existentes. De um lado estão os taxistas e as grandes redes de hotéis, do outro, motoristas de Uber e anfitriões do Airbnb. Operadoras de celular e companhias de TV também estão exigindo a regulamentação de serviços como WhatsApp e Netflix. Uma grande disputa por espaço no mercado.

Não existe um método exato para lidar com esses modelos disruptivos. A regulamentação experimental seria uma opção para avaliar a atuação das empresas, verificando se elas estão trabalhando a favor do consumidor e se essa atuação permite que o mercado cresça de forma competitiva e justa.

O crescimento exponencial dessas empresas é um sinal de que o consumidor adotou essa nova abordagem. Não é possível barrar a inovação, mas é preciso adaptar-se a ela e suprir as necessidades de regulamentação desses novos negócios.

Quer saber o que mais vem por aí? Confira neste infográfico quais as principais tendências tecnológicas para a Economia Digital e que podem ser a base dos novos negócios disruptivos que surgirão muito em breve.