A Inteligência Artificial e os robôs estão cada dia mais presentes em nossas vidas, ajudando na realização de tarefas repetitivas e pesadas ou desenvolvendo soluções para atividades mais intelectuais e humanas.
De acordo com uma pesquisa recente da InfoMoney, 7 em cada 10 consumidores estão dispostos a utilizar serviços baseados em robô advisor – consultoria e serviços gerados por computador, sem orientação humana – para seus serviços bancários, de consultoria financeira e seguros.
A Inteligência Artificial já está sendo implementada em diversos setores, aumentando a produtividade e ampliando os resultados. No artigo Inteligência Artificial em ação – seis aplicações da IA citamos alguns exemplos de como a tecnologia está sendo utilizada na agricultura, transporte e mobilidade, saúde e diagnósticos, supply chain, manufatura e com assistentes pessoais virtuais.
Robôs cuidadores, escritores e advogados também estão em pauta. É um antigo dilema que ressurge a cada novo passo que a Inteligência Artificial dá: os robôs vão substituir os seres humanos no mercado de trabalho?
O tema também foi destaque na 47ª edição anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Líderes empresariais de todo o mundo debateram sobre os pontos positivos e negativos da automação. Entre muitas opiniões, os líderes foram praticamente unânimes em dizer que o segredo para o futuro do trabalho em um mundo com Inteligência Artificial está na qualificação da mão-de-obra, que deverá saber utilizar a tecnologia como um complemento, uma ferramenta, e não como um substituto de suas habilidades. É certo que, enquanto algumas funções são atribuídas a máquinas e sistemas inteligentes, novas funções surgem diante desse novo cenário.
Murilo Gun, palestrante graduado na Singularity University e professor de criatividade, elencou quatro habilidades que serão essenciais em um futuro de crescimento exponencial com tecnologias disruptivas, como a Inteligência Artificial.
– Inteligência interpessoal: a habilidade de se relacionar com outras pessoas. Podemos destacar a capacidade de criar empatia, que está relacionada com a capacidade de liderança.
– Inteligência intrapessoal: a capacidade de se relacionar consigo mesmo. Autoconhecimento, autocontrole e domínio de emoções entram neste pilar.
– Inteligência interartificial: habilidade de compreender o impacto da tecnologia, como a Inteligência Artificial e a robótica, e utilizar esses recursos como ferramentas para ampliar o potencial humano.
– Inteligência criativa: principal diferencial entre a inteligência humana e a artificial. Trata-se da capacidade de criar algo novo, utilizando as demais inteligências e aplicando-as de forma inovadora. Diferentemente das máquinas e sistemas, o ser humano tem a capacidade de fugir de padrões e de respostas pré-definidas para buscar soluções novas.
A Inteligência Artificial e os robôs vieram para ficar e transformar o mundo como o conhecemos hoje, se isso será positivo ou não, só depende de nós.