Em 2010, Mark Moore, engenheiro do Langley Research Center da NASA, publicou o projeto de uma aeronave elétrica, capaz de decolar e pousar como um helicóptero, mas menor e mais silenciosa, algo como um carro voador.
Este mês, Mark deixou a NASA, onde trabalhou por 30 anos, para se unir à Uber Technologies Inc. como diretor de engenharia da aviação e dar mais alguns passos adiante na iniciativa de carro voador da companhia, o Uber Elevate. Mas a empresa não pretende começar a construir carros voadores tão cedo. A Uber identificou diversos desafios técnicos e estabeleceu o objetivo de ajudar a indústria a resolver questões como poluição sonora, eficiência do veículo e bateria limitada.
Mesmo que o carro voador ainda não seja uma realidade, a evolução tecnológica da indústria não desacelerou. Confira as previsões mais realistas e mais próximas para o futuro do setor de transportes e mobilidade:
Conectividade de dados
Sempre que nos locomovemos, deixamos para trás um caminho de “migalhas” de dados. A compra da passagem, em qual estação subimos e descemos, quanto tempo passamos no trajeto. Essa rede de informações sobre nossa jornada pessoal é complexa e muito valiosa, e as empresas de transportes estão se dando conta disso, o que tornará parcerias com empresas de tecnologia cada vez mais comuns. O grande diferencial está em como esses dados serão utilizados para melhorar e personalizar a experiência de viagem dos passageiros.
Uma das tendências mais importantes é a integração de dados entre sistemas de transporte diferentes. Cruzar dados de transporte público, automotivo particular, ferroviário, aéreo e todos os outros meios pode ser uma demanda necessária para que o sistema de mobilidade possa evoluir.
Smart cities
As smart cities são reais e devem ganhar mais um impulso para alavancar seu potencial de mobilidade a partir de 2017.
Já falamos sobre como as dados podem ajudar a destravar o trânsito nas cidades. A gestão inteligente do tráfego será não apenas uma ferramenta de mobilidade urbana, mas também um recurso essencial para manter a cidade em movimento. O GPS será mais integrado aos sistemas de monitoramento das vias, oferecendo informações mais precisas sobre a qualidade das estradas, pontos de engarrafamento e qual a melhor rota para se tomar. A Internet das Coisas vai permitir um processo preditivo de conservação e manutenção das vias.
Veículos elétricos
A preocupação com os impactos que causamos no meio ambiente nunca foi tão real. A alta emissão de monóxido de carbono (CO) e as questões ambientais e econômicas envolvendo a indústria do petróleo estão encorajando a demanda por veículos elétricos.
Ainda há muito a ser feito. Enquanto os fabricantes começam a olhar para essa demanda com bons olhos, os gestores das cidades precisam se dedicar à resolução de questões técnicas, como a operação e cobrança da rede de pontos de carregamento elétrico.
Aplicativos móveis
Os dados mostram que 73% dos brasileiros gostariam de pagar as passagens de ônibus, trem e metrô por meio de um aplicativo no smartphone, e algumas cidades do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, estão trabalhando para implantar esse serviço de forma eficiente. 2017 poderá ser o ponto da virada para o uso das tecnologias móveis no transporte.
E você? O que espera para o futuro dos transportes?