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A transformação digital revitalizada!

Por Claudio Muruzabal, presidente da SAP LAC

Todos falam sobre a economia digital e o efeito transformador que ela produz não só nos negócios, como também em nosso dia a dia. A maioria de nós entende o que a transformação digital acarreta e por que é importante que as empresas a adotem em sua totalidade. No entanto, a via da transformação se torna mais desafiadora quando tentamos partir de onde estamos hoje para realizar a digitalização em sua expressão máxima. O perigo real é nos perdermos em meio a novas tecnologias e termos da moda.

 

É possível que o papel desempenhado nesse novo mundo pelas novas formas de inteligência artificial e ferramentas de aprendizagem por máquina, bem como o significado da Internet das Coisas, o potencial das funções analíticas e a onipresença da nuvem gerem certa confusão. O fato é que é impossível avaliar a importância dessa transformação sem interconectar o poder de todas essas ferramentas. Como primeiro passo rumo ao futuro, todos os dispositivos em uma rede serão perfeitamente conectados – via Internet das Coisas – para fornecer dados valiosos sobre o padrão de uso e consumo. Esses dados, por sua vez, precisam ser sistematicamente estruturados em uma sofisticada plataforma de funções analíticas que têm capacidade de prever padrões de comportamento.  Ao mesmo tempo, a aprendizagem por máquina viabiliza a manutenção de um ciclo fechado de aprimoramento. Por fim, insights mais consistentes serão menos significativos se não estiverem totalmente integrados a um sistema ERP moderno e capaz de atuar como hub digital para toda a empresa. Tudo isso estabelece um modelo completo que pode então ser utilizado na nuvem.

 

Existem três tecnologias que estão catalisando o impacto exponencial desse modelo integrado:

  • Tecnologias cognitivas que permitem aprimorar a aquisição in loco de conhecimentos com profundidade;
  • Aprendizagem integrada via máquina capaz de ampliar exponencialmente o valor de todos os aplicativos da empresa;
  • Sistemas emergentes em linguagem natural ou conversacional que melhoram significativamente a interação humana com os dispositivos de TI, eliminando a necessidade de uso de teclados e mouses.

Tendo em mente essas tecnologias, temos condição de desenvolver sistemas digitais de negócios que não apenas geram ganhos de produtividade e eficiência, como também projetam uma plataforma para inovação e melhorias contínuas. O emprego desses sistemas permite que todos os processos de negócios e todas as interações com os clientes e o mercado gerem uma esteira digital abundante em dados. Esse rastro digital, por sua vez, oferece uma riqueza de conhecimentos que pode melhorar o desempenho dos negócios em tempo real. Podemos agora imaginar com facilidade o dia em que os processos de negócios rotineiros serão totalmente automatizados por meio de recursos de aprendizagem por máquina que viabilizam o aprimoramento ao longo do tempo, e estarão acessíveis por interfaces em linguagem natural e baseados em nuvem.

 

Esse mundo visionário está na realidade ao alcance das empresas em toda a América Latina.  De fato, as empresas emergentes, aquelas que são menos dependentes de plataformas legadas, geralmente desfrutam das vantagens de uma curva de adoção mais curta. Além disso, “Multilatinas”, na qualidade de recém-chegadas ao mercado global, têm a oportunidade única de desenvolver esses sistemas de inovação ganhando vantagem competitiva sobre os concorrentes já estabelecidos. Mais uma vez, a tecnologia coloca ao alcance dos protagonistas a condição de jogar em pé de igualdade.

 

Enquanto os ventos da nova transformação digital varrem o ambiente dos negócios na América Latina, empresas e organizações têm a oportunidade de dar mais ênfase à inovação. Chegou a hora de revitalizar todos os esforços e tornar o futuro digital uma realidade – começando já!