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A digitalização pode mudar o cenário da igualdade de gênero nas economias do G20

O Women20 (W20) – grupo oficial do G20 que busca a igualdade de gênero no mercado de trabalho e o empoderamento econômico das mulheres – apresentou este ano durante o Women20 Summit, em Berlim, o estudo The Effects of Digitalization on Gender Equality in the G20 Economies (Os efeitos da digitalização sobre a igualdade de gênero nas economias do G20).

O estudo investigou como a digitalização impactou e deverá continuar afetando a participação das mulheres no mercado de trabalho nos países do Grupo dos 20. Esse tipo de estudo é importante para demonstrar como o mercado de trabalho vem mudando de forma rápida e decisiva, e como a digitalização está impulsionando essas mudanças.

Segundo o estudo, as mulheres representam a maioria dos quatro bilhões de pessoas excluídas da economia digital. As mulheres de países menos desenvolvidos são 31% menos propensas do que seus homólogos do sexo masculino a terem acesso à internet. A diferença de gênero nos países em desenvolvimento só continuará a crescer e, até 2020, mais de 75% das mulheres permanecerão desconectadas.

Neste cenário, com mais informações, o estudo destacou algumas conclusões:

– A digitalização cria oportunidades para reduzir as disparidades de gênero nos países do G20

– Os trabalhos das mulheres serão menos afetados pela digitalização, se comparados aos homens

– As mulheres precisam de melhor acesso ao ensino superior

Conforme o que foi acordado pelo G20 em sua cúpula de 2014 na Austrália, o principal objetivo do Women20 é reduzir a diferença de emprego de gênero em 25% até 2025 (25 por 25). Muitas empresas estão engajadas nesse objetivo. A diretoria da SAP, por exemplo, assumiu o compromisso de manter 25% de suas posições de liderança preenchidas por mulheres até o final deste ano. No segundo trimestre de 2016, as mulheres já representavam 24,1% da liderança da empresa e 32,5% de toda a força de trabalho.

Já falamos antes sobre como diversidade e igualdade de gênero pode beneficiar não apenas os colaboradores e o ambiente de trabalho, como também os resultados do negócio. Equipes lideradas por uma gestão com diversidade de gênero têm uma margem operacional 48% maior, e ambientes inclusivos aumentam em 39% a satisfação do cliente.

Durante o SAP Forum Brasil deste ano, o tema foi debatido em algumas das sessões de conteúdo do evento. No talk show O nosso papel no desenvolvimento da Diversidade e Inclusão nas organizações, Beia Carvalho, palestrante e futurista, conversou com José Ricardo Amaro, da Endered do Brasil; Eliane De Mitry, da SAP e Niarchos Pombo, Head de Diversidade e Inclusão para América Latina e Caribe da SAP, sobre como a liderança pode assumir seu papel no desenvolvimento da diversidade e inclusão.

A digitalização não está apenas simplificando tarefas, ela também está ajudando a mudar as desigualdades no mercado de trabalho e transformando o futuro do trabalho em um cenário mais próspero. O que sua empresa está fazendo para seguir essas mudanças?