Por: Pietro Delai, Gerente de Pesquisa de Software e Nuvem, para IDC Latinoamérica
A quantidade de informação que geramos no nosso dia a dia vem crescendo exponencialmente desde o momento que estamos cada vez mais conectados e interagindo não apenas com pessoas, mas com sensores e dispositivos tanto em casa como nos lugares de trabalho; o que dizer então das empresas? De acordo com o estudo IDC Latin Data Age 2025 study, em 2017, estima-se que 30% do volume de dados foram gerados por empresas, e esta cifra aumentará substancialmente para 60% em 2025. O valor de ter os dados mais próximos em tempo real e de forma confiável é indiscutível quando se espera que em 2022 mais de 50% do Produto Interno Bruto será derivado da digitalização da oferta, das operações e das relações dos negócios. O dilema do CIO é como gerenciar os dados para compartilhar o conhecimento e, ao mesmo tempo, cumprir com regulações sobre a gestão da informação.
Compartilhar é democratizar?
Fonte: IDC Latinoamérica
Uma pesquisa realizada pela IDC na América Latina mostrou que apenas 13% dos executivos responsáveis pelas operações da empresa (CEO, Chief Operating Officer) consideram que a informação analítica está integrada para alinhar as decisões operacionais e táticas. No caso do Brasil, a cifra é ainda menor, 11,4%. Isto contrasta bastante com a percepção dos gestores de TI (CIO, Chief Information Officer) no Brasil, quando 80% deles acreditam que os dados são compartilhados e estão plenamente integrados.
O que pode estar acontecendo é que possivelmente os dados estejam disponíveis para um determinado grupo de pessoas ou área de negócio, mas isso não significa que estejam processados e analisados, nem que estejam sendo compartilhados por toda a empresa. Existem empresas que seguem recorrendo à área de TI para desenvolver seus relatórios a partir de diferentes fontes de dados e de diferentes departamentos dentro da mesma organização. O assunto toma especial relevância quando se tem necessidade de uma resposta rápida e oportuna para, por exemplo, habilitar informação conforme o registro (ou login), sugerir e otimizar processos para quem deve acionar a análise da demanda, a compra de matérias primas, a análise de procedimentos na planta e a entrega ao cliente. O que queremos dizer é que a informação é democratizada (compartilhada e integrada) quando não está sujeita a um determinado grupo de pessoas ou uma área de negócios, mas a um entendimento de todos os processos do negócio para oferecer o conhecimento a quem deve agir no momento preciso.
Vigiar o cumprimento dos regulamentos sobre a informação.
Fonte: IDC Latinoamérica
O Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR) está vigente desde maio de 2018 e teve impacto a nível mundial sobre a gestão de dados desde o acesso, armazenamento, processamento, transferência, divulgação e inclusive até sua exportação fora da União Europeia. A finalidade da GDPR é dar controle às pessoas sobre seus dados pessoais e a simplificação e unificação de aspectos regulatórios dos negócios internacionais. Atualmente, países da América Latina adotaram regulamentos similares criando leis e sanções como podemos ver na Rede Ibero-americana de Proteção de dados (www.redipd.org); por exemplo, temos a Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, Lei 19.628 no Chile, Lei 25.236 na Argentina e a Lei Federal de Proteção de Dados em Posse de Particulares (LFPDPP) no México.O não cumprimento destas normas e regulações não apenas implica sanções onerosas, mas o dano ou a perda de reputação da empresa ou a marca.
Atualmente, o cumprimento regulatório nos negócios tomou importância na região, ocupando a 6ª posição nas prioridades das empresas. Os CIO devem preparar os dados e estabelecer controles sobre quem e como se tem acesso a determinada informação operacional e tecnológica (IT/OT) em novos ambientes de colaboração e análise, vigiando ao mesmo tempo a governabilidade dos dados com a finalidade de criar uma verdadeira experiência de uso (User Experience, UX) que resulte em um colaborador capaz de criar conhecimento e inovação.
A IDC considera que democratizar a informação e cumprir com os aspectos regulatórios requer uma série de esforços conjuntos:
- Compreender o marco legal das regulações do país e indústria.
- Determinar e classificar os dados que realmente precisam estar disponíveis, armazenados e compartilhados.
- Definir dados críticos com base em processos e riscos de acordo com o perfil da empresa, os associados do negócio envolvidos na cadeia de fornecimento e os colaboradores dentro da organização.
- Habilitar aplicações e ferramentas de TI que cumpram com disposições regulatórias por meio de controles avançados e a capacidade de ser flexíveis às necessidades do negócio.
Por último, recomenda-se apoiar-se em especialistas e consultores para a avaliação de sistemas seguros e em cumprimento com os padrões e requerimentos demandados pela organização.
Artigo original: https://www.sap.com/brazil/documents/2019/08/705b531e-637d-0010-87a3-c30de2ffd8ff.html
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