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Para onde vai o dinheiro? Pesquisa da SAP e da Oxford Economics revela desafios da gestão compras e despesas nas empresas

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Estudo ouviu mais de mil executivos da área de Procurement em 21 países, incluindo o Brasil

Apenas 23% dos executivos das áreas de procurement e cadeia de suprimentos contam com uma visão clara, automática e em tempo real das despesas em geral. Essa é uma das conclusões do estudo Agile Procurement Insights conduzido pela SAP SE (NYSE: SAP) em colaboração com a Oxford Economics. O levantamento apontou ainda que 49% dos gestores ainda analisam dados manualmente para fundamentar a tomada de decisão.

O estudo foi baseado em uma pesquisa com mil executivos das áreas de procurement e cadeia de suprimentos e responsáveis ​​por despesas diretas e indiretas relacionadas a bens, serviços e profissionais externos. Foi elaborado para ajudar a compreender a influência das atividades de procurement nas empresas, o estado atual da colaboração com fornecedores e o impacto da tecnologia e da digitalização dos processos nas funções de procurement.

Um subconjunto dos executivos participantes da pesquisa está obtendo resultados de negócios mais sólidos. Os líderes têm investido em tecnologia e digitalização dos processos para ajudar suas organizações a se anteciparem ao inesperado, elevando os níveis de agilidade e resiliência das empresas e o valor estratégico das aquisições para os negócios.

A pesquisa resultou em cinco relatórios que examinam as principais áreas de gestão de despesas e discutem o que os líderes fazem para se diferenciarem.

Líderes visionários: Elevando o Valor Estratégico da área de Suprimento para o Negócio (Leaders Aim Higher: Elevating Procurement’s Strategic Value to the Business) – aponta que cerca de 10% dos líderes fizeram investimentos maiores na transformação digital da área de procurement e registraram mais benefícios. Para se qualificarem como líderes, precisaram satisfazer critérios em quatro áreas: alto grau de automação dos processos; uso frequente de dados para fundamentar a tomada de decisões; uso de tecnologia para influenciar os negócios; e menos desafios na gestão de procurement do que outros participantes da pesquisa. Alcançam resultados melhores em comparação com outros participantes em termos de eficiência operacional, desempenho dos fornecedores, conformidade, gestão de riscos e redução de custos. No entanto, até mesmo os líderes têm espaço para melhorar.

Desempenho baseado em boa gestão da área de compras e supply chain (Procurement-Powered Performance: How Digital Transformation Is Elevating Procurement) – o levantamento mostra que, embora as organizações estejam colhendo os benefícios da digitalização da área de procurement, ainda assim enfrentam desafios. O estudo mostra que, por exemplo, 38% dos executivos entrevistados disseram que a maioria ou todos os processos de procurement ainda é manual. Apenas 54% afirmaram que as tecnologias usadas nessa área ajudam a tomar decisões baseadas em dados. De acordo com o relatório, empresas que adotaram o uso de dados e análises, exploraram o poder da inteligência artificial e contam com novas tecnologias estão obtendo melhores resultados.

O gerenciamento de riscos do fornecedor mostra progresso, mas há muito espaço para melhorias – “Aproximando para ver mais longe: Procurement podem incluir análises avançadas para prever e gerenciar o risco do fornecedor (Getting Closer to See Further: Procurement Can Embrace Advanced Analytics to Predict and Manage Supplier Risk) – o relatório revela vulnerabilidades generalizadas na gestão de riscos associados a fornecedores, entre elas pouca visibilidade e dependência excessiva de um conjunto pequeno de provedores. Apenas 49% dos executivos disseram que atualizam regularmente os planos de mitigação de riscos para lidar com possíveis paralisações, e apenas 32% disseram que a gestão de riscos associados a fornecedores é altamente eficaz. As organizações subutilizam análises avançadas e precisam tomar medidas mais ousadas para ajudar a elevar a visibilidade sobre o desempenho dos fornecedores e fazer maior uso de dados de terceiros para se antecipar e mitigar possíveis interrupções.

Colaboração estreita com fornecedores precisa ir além das transações”: Líderes de gastos diretos se envolvem com fornecedores essenciais para melhorar o desempenho (Close Collaboration That Goes Beyond Transactions: Direct Spend Leaders Engage with Essential Suppliers to Improve Performance) os dados ilustram que líderes envolvidos com gastos diretos que adotam a automação e tratam fornecedores como parceiros geram excelentes resultados para os negócios. Por exemplo, 92% dos líderes visionários disseram que usam uma rede de colaboração com fornecedores, em comparação com 69% dos outros participantes da pesquisa. Além disso, 76% desses líderes disseram que dão aos fornecedores críticos visibilidade sobre as futuras demandas por seus produtos, em comparação com 44% dos outros participantes.

Categoria de despesas significativamente subgerenciada: força de trabalho externa. Como aumentar a visibilidade sobre essa parcela para obter melhores resultados comerciais (Agility Isn’t Always on the Payroll: Gain Full Visibility of Your External Workforce to Help You Drive Better Business Outcomes) o estudo destacou que apenas 35% dos executivos disseram que usam tecnologia para ajudar a gerenciar a força contingente de trabalho e 70% disseram que usam tecnologia para contratar serviços. Dado que a força de trabalho externa compõe uma grande categoria de despesas estratégicas que promove a agilidade dos negócios, a adoção mais ampla de sistemas de gestão de fornecedores preferenciais pode ajudar as organizações a contratar prestadores de preferência, usar vários modelos de preços, aplicar taxas negociadas, rastrear a qualidade do trabalho e utilização de equipamentos e gerenciar a segurança dos acessos.

“O estudo mostra que a área de Compras se torna cada vez mais estratégica para os negócios e a importância de ter a visibilidade completa dos projetos de suprimentos, dos gastos diretos, indiretos e de serviços e a gestão completa da cadeia de suprimentos diferenciam as empresas que se mostram mais resilientes e ágeis para a tomada de decisão e para reagir as mudanças impostas pelo mercado”, explica Silvio Abade, vice-presidente da SAP Ariba no Brasil.

Segundo Abade, uma solução de Procurement é fundamental para aumento da produtividade e inovação, mas seu potencial depende da digitalização de todos os processos de gestão de gastos em uma única plataforma na nuvem. Isso permite às organizações se posicionarem de forma a alinhar as decisões relacionadas aos gastos diretos, indiretos e de serviços alinhados a estratégia de negócios, sendo fundamentais na atual economia em rede para uma gestão inteligente das despesas”.