Projeto de transformação digital da companhia gera agilidade para os processos e contribui para a estratégia ESG
A BRK, uma das maiores empresas privadas de saneamento básico do Brasil, concluiu a implementação do SAP S/4HANA. Com o uso da tecnologia, a empresa pretende atender as metas estabelecidas pelo novo marco regulatório do setor, que visa proporcionar acesso à água potável a 99% da população e coleta e tratamento de esgoto a 90% dos brasileiros até 2035.
“As redes de abastecimento de água no Brasil são antigas e apresentam falhas. Somente 60 de cada 100 litros de água que passam pelo sistema de tratamento são realmente usados”, explica Alain Arcalji, vice-presidente de Serviços Compartilhados da BRK, durante a recente Conferência Internacional de Utilities, apresentada pela SAP e TAC Events em Munique, na Alemanha. “Dar às pessoas acesso à água potável e ao saneamento é o mesmo que lhes dar dignidade.”
Atender às necessidades das comunidades do quinto maior país do mundo exige grandes investimentos em novas infraestruturas, incluindo milhares de quilômetros de redes e sistemas de saneamento. E tratar o equivalente a 100.000 piscinas olímpicas de esgoto por ano só é possível usando as tecnologias certas.
A empresa implementou o SAP S/4HANA em 2020, gerando eficiência e relatórios precisos sobre fatores ambientais, sociais e de governança (ESG). Com isso, em 2021, a BRK garantiu o 1º lugar nas Américas na classificação de riscos ESG na área de gestão de recursos hídricos da Sustainalytics, empresa global de pesquisa, classificação e dados analíticos ambientais, sociais e de governança (ESG) voltados para investidores institucionais e empresas. Em nível global, a BRK foi classificada em 4º lugar.
Durante a implementação, os responsáveis pelos processos tiveram controle total de suas áreas e confiança para tomar as decisões corretas. “A BRK agora tem uma única fonte de processos de negócios totalmente padronizados e simplificados, além de recursos analíticos que abrangem todos os aspectos”, destacou Fernando Santana, vice-presidente de Indústrias Core da SAP Brasil. A companhia também foi capaz de reduzir radicalmente os sistemas legados, o que levou a ganhos significativos no custo total de propriedade.
“O cenário competitivo praticamente mudou da noite para o dia. O SAP S/4HANA nos dá a agilidade necessária para integrar novas concessões e consolidar plataformas e sistemas legados, além de fornecer uma plataforma robusta para podermos crescer de forma sustentável. Com a SAP, podemos lidar com a concorrência mais acirrada e garantir a nossos clientes serviços digitais, um requisito absolutamente crucial nos dias de hoje”, explica Arcalji.
Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial ao nº 6 – Água Potável e Saneamento, a jornada para melhorar os índices de saneamento é repleta de obstáculos e dificultada por interesses políticos conflitantes, principalmente em termos de investimentos. Mais da metade dos brasileiros não têm acesso à infraestrutura de saneamento básico, o que está diretamente ligado a uma infinidade de problemas de saúde, ambientais e sociais. Na grande maioria das favelas brasileiras, esgoto sem tratamento é despejado diretamente nas ruas ou em cursos d’água próximos.
“Saneamento básico serve como um alicerce para melhorar a qualidade de vida e garantir condições de vida seguras e saudáveis para os moradores. Mais importante ainda é o fato de que vamos além do básico. Fazemos com que as pessoas se sintam bem consigo mesmas e com suas comunidades. Vi bairros prosperando depois que saneamento básico foi garantido. Onde corria esgoto a céu aberto, as pessoas estão pintando paredes. Onde antes era um terreno baldio, as pessoas estão plantando árvores e fazendo hortas”, destaca Arcalji.
A empresa, que opera 22 concessões e atende a 16 milhões de clientes, trabalha lado a lado com entidades públicas locais para negociar contratos, garantir financiamentos e licenças, construir e gerenciar infraestruturas e gerar conscientização. “Estamos muito orgulhosos desses resultados. Nossa meta é zerar as emissões até 2040, 10 anos à frente da meta estabelecida pelas Nações Unidas. E pretendemos reduzir os níveis de perdas de água de 35% para 25% até o final desta década”, disse Arcalji.