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36% das companhias do País já veem resultados das estratégias de sustentabilidade, e 70% avançaram no tema
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Há maior diversificação nas iniciativas, incluindo cadeias de valor mais responsáveis e redução das emissões; cresceu o comprometimento da alta direção
A nova edição do estudo “Sustentabilidade na Agenda da Liderança Empresarial na América Latina“, patrocinado pela SAP, confirma a liderança das empresas brasileiras em ações sustentáveis. A pesquisa mostra que sete de cada 10 empresas apresentaram avanços significativos no desenvolvimento da sua agenda de sustentabilidade. Este é o mesmo número apontado na América Latina (contra 69% em 2022). O trabalho teve a participação de mais de 500 executivos seniores das principais empresas de médio e grande portes da Brasil, Argentina, Colômbia, México e Chile.
O estudo identificou que diretores C-level das empresas no Brasil têm claro que o impacto da sustentabilidade vai além da reputação, da responsabilidade social ou do legado que suas organizações planejam para o futuro: ele tem impacto direto nos resultados dos negócios.
Como evoluiu a estratégia de sustentabilidade de sua empresa nos últimos 12 meses?
Em comparação com o restante da América Latina, a agenda de sustentabilidade do Brasil é dinâmica e positiva. Uma parcela de 22% das organizações manteve o escopo de seus programas e 35% agregaram novos pilares vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 2 pontos percentuais a mais que a média do continente.
Além disso, 11% das empresas conseguiram implementar suas estratégias de sustentabilidade no último ano, enquanto 21% delas estão trabalhando atualmente para colocá-las em prática. Apenas 7% ainda estão avaliando se devem ou não implementá-las. Uma das grandes variações desta edição do estudo no Brasil é que apenas 4% das empresas afirmam não contar com uma estratégia de sustentabilidade. Na edição de 2022 esse número era de 10% – uma queda significativa de 6 pontos percentuais.
Mesmas motivações e novos desafios
Embora o desenvolvimento sustentável continue sendo a parte mais importante da agenda empresarial, o estudo aponta um avanço no comprometimento dos CEOs e dos conselhos administrativos no Brasil, com uma variação de 9 pontos percentuais em relação à edição anterior – um achado que explica o número recorde de presidentes de empresas respondendo a pesquisa. Essas duas primeiras motivações estão acima dos níveis gerais da América Latina. Em seguida vem a reputação das organizações, na terceira posição.
Embora o Brasil venha demonstrando progressos significativos na agenda da sustentabilidade, ainda há desafios significativos. As três principais barreiras são conseguir incorporar sustentabilidade nos processos de negócios (51% versus 40% em 2022), demonstrar o retorno do investimento (51% a 49%) e ser capaz de medir o impacto das ações (45% a 59%), item que registrou uma melhora de 14 pontos. Esses obstáculos tendem a ser superados à medida que as empresas superem o desafio da falta de experiência, um dos motivos apontados por 28% das lideranças consultadas no relatório do ano passado e que em 2023 chegou a 25%.
As empresas que conseguiram avançar na mensuração das ações acumulam resultados e expectativas. No Brasil, 36% já estão vendo resultados provenientes de suas estratégias, enquanto 40% esperam vê-los dentro de 2 a 4 anos. Já 24% esperam ver esses resultados em 12 meses. O Brasil tem o segundo maior índice de empresas com resultados, atrás apenas da Colômbia. Ambos os países estão acima da média da região.
“A gestão da sustentabilidade já não é uma opção na América Latina, mas sim uma necessidade que cada vez mais empresas estão assumindo. São 32% as empresas latino-americanas que já estão vendo resultados positivos de suas estratégias, e 25% esperam fazê-lo nos próximos meses, em um contexto em que várias organizações têm adicionado novas linhas de trabalho à sua agenda de sustentabilidade, o que demonstra o progresso nessa área”, afirmou Cristina Palmaka, presidente da SAP América Latina e Caribe. “No entanto, o estudo relata uma queda nos planos de investimento para 2023, o que é um indicador de que, apesar da intenção, não há senso de urgência. Queremos apoiar nossos clientes na região, ajudá-los a superar suas barreiras e maximizar seus investimentos para que sejam rentáveis, sustentáveis e garantam um futuro próspero para as próximas gerações”.
A tecnologia se tornou uma aliada estratégica para o desenvolvimento das agendas de sustentabilidade. São 65% os entrevistados que já utilizam ou pretendem utilizar ferramentas tecnológicas para medir e gerir suas atividades na área de sustentabilidade. Além disso, metade dos executivos de C-level no Brasil já consultou especialistas no assunto. São 29% os executivos que esperam aumentar os investimentos em sustentabilidade em 2023, enquanto 57% esperam mantê-los e apenas 14% estimam que terão de reduzi-los.
“É evidente que sustentabilidade é uma tendência clara e necessária na América Latina”, afirma Pedro Pereira, diretor de sustentabilidade da SAP América Latina e Caribe. “Apesar dos desafios macroeconômicos que enfrentamos na região, sete de cada 10 empresas já possuem agendas de sustentabilidade ativas. Ainda temos um caminho pela frente, mas a tecnologia pode nos ajudar a materializar e monetizar essas estratégias. O futuro é promissor “, completa o executivo.