A conclusão emerge de um inquérito realizado pela SAP Portugal, no âmbito do SAP Business Forum, que reuniu gestores de algumas das principais e mais competitivas organizações do mercado empresarial português.
Ainda deste estudo salienta-se que 50% dos gestores consideram Portugal um país inovador e 53% refere que a Administração Pública é um dos sectores que carece de inovação.
Lisboa — Por ocasião do SAP Business Forum 2005, a SAP Portugal conduziu um inquérito subordinado ao tema “Inovação”. De entre os 197 gestores que responderam ao questionário, num universo de 945 pessoas que assistiram ao evento, a maioria considera que a gestão e as escolhas empresariais efectuadas pela direcção das empresas são elementos determinantes para a capacidade de inovação das empresas. Do inquérito sobressai um perfil de gestor, particularmente inovador, a nível pessoal e profissional, que considera trabalhar numa organização bastante evoluída. O inquérito coloca ainda em evidência que o sector das Tecnologias de Informação é considerado como um dos mais inovadores, ao passo que os instrumentos wireless e a tecnologia RFID são encarados como alguns dos produtos mais evoluídos.
"Este inquérito foi efectuado com o objectivo de analisar a percepção e propensão dos gestores portugueses face à inovação, tanto num contexto profissional como pessoal", refere João Paulo Silva, Director de Marketing da SAP South West Europe, Portugal e Espanha, que acrescenta ainda que "o número de respostas obtidas, neste estudo, constitui uma boa base de amostragem de um tecido empresarial competitivo; e os resultados demonstram que na base da inovação está, por um lado, o indivíduo e o gestor altamente qualificado que propõe e executa novos projectos e, por outro, a gestão de topo, cujas escolhas empresariais guiam a evolução, através de soluções tecnológicas avançadas".
Os resultados do inquérito
A Inovação é sinónimo de evolução para 56% dos 197 gestores entrevistados, enquanto a capacidade inovadora, segundo 82% dos entrevistados, concretiza-se sobretudo ao propor e realizar novos projectos na vida privada e profissional. Por outro lado, 19% dos inquiridos consideram-se pessoas evoluídas pelo facto de utilizarem produtos tecnologicamente avançados.
Segundo 37% dos entrevistados a gestão e não a tecnologia, é considerado o elemento determinante na inovação da empresa. É de salientar, ainda, que a maioria dos gestores entrevistados, 82,8%, considera trabalhar numa estrutura inovadora, contra os 12,7% que dizem o contrário ou os 4,5% que não respondem.
Portugal surge, neste estudo, como um país inovador na opinião de 50,3% dos gestores entrevistados. No entanto, 43,9% são de opinião contrária e 5,7% não respondem.
Quando confrontados com a questão “Que sector em Portugal considera ser o mais inovador?”, as Telecomunicações surgem como a área mais inovadora (23,6%), seguida pelas Tecnologias de Informação (22,3%) e pela Banca (21%); enquanto a Administração Pública (52,9%) e a Indústria (13,3%) nacionais são considerados os sectores que mais necessitam de inovação.
Reforçando os exemplos e as lições dos países do Norte da Europa, que tanto o Presidente da República Portuguesa como o actual governo têm utilizado nas mais diversas iniciativas, os resultados deste estudo apontam que, quando questionados sobre o país europeu mais inovador, 56% dos gestores portugueses entrevistados destacam os países do Norte da Europa: a Suécia com 29,9% e a Finlândia com 26,1% das respostas.
Entre as várias respostas, as três áreas de produtos tecnológicos mais inovadores aparecem os instrumentos wireless e o RFID no primeiro lugar do pódio (106), seguidos da navegação por satélite – GPS (73) e, em terceiro lugar, surgem as tecnologias relacionadas com Veículos Eléctricos e Domótica (51).
Informação Adicional
Ver resultados detalhados (PDF, 67 KB)