As representações quase vivas dos nossos corpos em dados, por meio do Digital Twin, podem ser a solução para alguns dos problemas na área da saúde.
Com o avanço da tecnologia, em um futuro não muito distante poderemos ter representações virtuais dos nossos corpos em dados, nossos Digital Twins. Já é possível observar alguns passos em direção a este propósito: celulares, relógios, anéis e outras ferramentas inteligentes que nos acompanham diariamente fazem uma medição constante das nossas atividades, movimentos, indicadores de saúde, fitness e bem-estar. Esses dispositivos são capazes de medir a temperatura corporal, o ritmo cardíaco, a pressão arterial e até a oxigenação do sangue e, com essas informações, também podem informar quando há algo de errado com seu corpo.
Doenças como a Covid-19, por exemplo, pode ser identificada a princípio pela baixa de oxigênio no sangue e a temperatura corporal alta, dois indicadores facilmente detectados por um dispositivo inteligente. Isso não quer dizer que a Inteligência Artificial está te dando um diagnóstico ou um tratamento – pelo menos, ainda não –, mas significa que ela pode alertar rapidamente que há algo de errado com a sua saúde para que você possa, então, procurar um especialista. De fato, a tecnologia está passando a ter um impacto importante na monitorização e prestação de cuidados de saúde.
Pesquisa feita pela IDC mostrou que os investimentos do setor de saúde em tecnologia na América Latina poderão atingir US$ 1.931 milhões até 2022. O que isso significa? Cada vez mais hospitais, clínicas e centros de atendimentos serão capazes de oferecer diagnósticos e tratamentos com maior agilidade e para cada vez mais pessoas.
A criação de um Digital Twin, com todas as características específicas de cada paciente, será capaz de auxiliar os profissionais da área a antecipar situações, simular cenários e até mesmo reduzir riscos com a análise antecipada das implicações de cada terapia ou procedimento clínico. Esse gêmeo digital poderá ser atualizado semanalmente, mês a mês e até mesmo a cada ano, tornando possível a prevenção e estimativa de eventos nocivos à saúde.
O conceito redefinirá a forma como promovemos o bem-estar. Com a adoção da tecnologia de Digital Twin, o setor passará a ter a possibilidade de aprimorar o conjunto de padrões de cada indivíduo – visto que, atualmente, as organizações têm como base os padrões observados na população de maneira geral, nos quais não são refletidas as singularidades ou características individuais. Com o gêmeo digital trabalhando em paralelo ao corpo físico, será possível transformar a forma de cuidado com as pessoas.
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