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Estudo da SAP aponta que a sustentabilidade é um diferencial competitivo para os empresários brasileiros

Pesquisa global da SAP com mais de 4500 líderes de negócios do mundo todo mapeou o comprometimento e o impacto das iniciativas de sustentabilidade nas empresas

Os empresários brasileiros enxergam forte correlação entre suas iniciativas de sustentabilidade e a competitividade de suas empresas no mercado – cerca de duas vezes a média global. Foi o que apurou um novo estudo global promovido pela SAP que entrevistou 4750 líderes de negócios de empresas grandes e médias em 21 países, incluindo o Brasil.

O Brasil se destacou na pesquisa pela forte correlação entre as iniciativas de sustentabilidade e o lucro e a competitividade das empresas, conforme avaliação dos entrevistados. 53,8% dos líderes brasileiros enxergam forte correlação positiva entre as ações de sustentabilidade e a lucratividade das empresas, contra 29,2% da média global. Apenas 2,6% dos entrevistados brasileiros veem a sustentabilidade como um impacto negativo para os negócios. O mesmo acontece com a competividade, com 60,8% dos empresários do país reportando forte relação entre a sustentabilidade e a capacidade de competir e ganhar mercado, contra 33,8% do mercado global.

“O Brasil está na vanguarda dos negócios sustentáveis, pois já superamos a etapa de convencer nossos empresários da vantagem competitiva que uma boa estratégia ESG pode trazer para as empresas” comentou Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil. “Nossa forte conexão cultural com as riquezas naturais e a biodiversidade do país se traduzem em compromisso com a preservação ambiental, o que por sua vez se transforma em um importante diferencial competitivo tanto no mercado interno quanto no mercado internacional. Mais do que nunca, a sustentabilidade se mostra um investimento inteligente que impacta positivamente o resultado financeiro das empresas no país.”

Estimar os impactos ambientais possui grande influência na tomada de decisão para 53,8% dos entrevistados, e relevância moderada para outros 38,5%. Isso tem levado as empresas brasileiras a adotarem medidas como o uso de matéria-prima reciclada (52,3%), aumento do uso de matérias renováveis ou biodegradáveis (49,7%), a gestão do ciclo de vida dos produtos (47%) e a automação de processos internos (44,3%).

A mensuração consistente do impacto ambiental, aliada a uma percepção positiva dessas ações na lucratividade, tem levado as empresas nacionais a dobrarem a aposta: 63,5% dos líderes brasileiros pretendem aumentar os investimentos em sustentabilidade nos próximos 3 anos, enquanto 25,2% pretendem manter o nível atual de investimento. Apenas 3% das grandes empresas nacionais não possuem planos de investimento de curto prazo em sustentabilidade. As empresas também esperam ver um impacto financeiro positivo em seus balanços em prazos relativamente curtos: para 42,4% dos entrevistados, o impacto positivo será sentido entre 1 a 3 anos, enquanto 44,2% avaliam que os impactos serão mensuráveis em 3 a 5 anos.

A gestão da sustentabilidade nas grandes empresas vai além de suas operações próprias, com as exigências de boas práticas ambientais por meio de parceiros na cadeia de suprimentos ganhando relevância no país. 23,6% dos entrevistados reportaram mapear as emissões geradas por terceiros em suas cadeias produtivas com alto grau de confiabilidade, enquanto 40,2% mapeiam as emissões com grau moderado de confiança. A dificuldade em aferir dados na cadeia de suprimento esbarra em questões como a falta de infraestrutura tecnológica para a troca de dados de forma confidencial e aferível (31,9%), limitações na troca de dados sobre impacto ambiental (30,6%) e a falta de fontes de dados precisas e aferíveis (29,6%). As empresas brasileiras estão buscando contornar esses empecilhos por meio de obrigações contratuais sobre aferição e compartilhamento de dados para os seus parceiros de manufatura (46,8%), fornecedores de matéria prima (36,9%) e parceiros de logística (36,2%).

Apesar de todos os esforços na aferição dos impactos ambientais, as empresas brasileiras ainda encontram empecilhos para uma aferição detalhada e confiável. 24,9% dos entrevistados citam a falta de automação nos processos de coleta de dados como um desafio significativo na jornada ESG. 20,3% citaram a dificuldade de coletar e analisar dados para fins regulatórios, e 17,6% alegam não terem clareza sobre como criar os relatórios.

“A coleta e a análise de dados ESG é um desafio que demanda uma mudança total na mentalidade dos líderes, e entregar ferramentas que superem esses desafios é uma das prioridades da SAP” disse Adriana Aroulho. “Mas a boa notícia é que a sustentabilidade acaba de ganhar mais uma aliada importante nessa briga: a inteligência artificial vem para atender ao desejo dos nossos empresários por ferramentas automatizadas, inteligentes e padronizadas que tornarão a gestão dos dados mais simples, precisa e executável. O futuro dos negócios do Brasil é mais verde do que nunca”, concluiu a executiva.

Os dados globais da pesquisa de sustentabilidade da SAP podem ser acessados aqui.

 

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