Por: SAP Brasil
Quando a pandemia teve sua primeira alta no ano passado, os locais de trabalho tiveram que se adaptar rapidamente. Os líderes empresariais e funcionários em todos os setores tiveram que ajustar imediatamente a maneira como trabalhavam. Apesar de a adaptação ter sido realizada de forma rápida e eficaz em muitas empresas, a realidade pandêmica continua impactando a forma e local onde as pessoas trabalham.
A nova realidade de trabalho
Em um estudo global conduzido pela SAP, Qualtrics e Mind Share Partners, cerca de 66.9% das pessoas entrevistadas relataram níveis mais altos de estresse desde o início do surto da pandemia. Avaliando também as pessoas que passaram a realizar trabalho remoto, 44.4% disseram sentir que sua saúde mental diminuiu, um número razoavelmente alto quando comparado com aqueles ainda empregados em qualquer outro ambiente e abaixo apenas das pessoas desempregadas durante esse período.
Essa nova realidade de trabalho afeta não somente o trabalhador, como também as empresas. Em relatório realizado em 2020 pela Deloitte Human Capital Trends, líderes empresariais demonstram reconhecer a necessidade de aumentar sua força de trabalho, porém, pode-se encontrar um gap entre as oportunidades futuramente ofertadas e as habilidades das pessoas que estão buscando recolocação no mercado de trabalho.
A Deloitte entrevistou cerca de 9 mil líderes empresariais e de RH em diversos países para seu relatório, e aproximadamente 53% dos entrevistados afirmaram grande parte de sua força de trabalho precisará mudar suas habilidades e capacidades nos próximos anos. Entretanto, essa requalificação da força de trabalho é um investimento alto também para as empresas e apenas 10% dizem que estão totalmente prontos para enfrentar esta tendência.
A World Economic Forum apresentou a mesma preocupação referente as habilidades exigidas para o futuro do trabalho em seu relatório “The Future of Jobs” , principalmente na área da tecnologia. Aproximadamente 55% das empresas entrevistadas afirmaram que encontram brechas de competências nos profissionais e que isso dificulta a adoção de novas tecnologias necessárias.
As habilidades em alta na nova realidade de trabalho
Ao detectar essa ausência de habilidades, as 291 empresas entrevistadas pela WEF relatam que fornecem cursos de requalificação e qualificação para 62% de sua força de trabalho. Entretanto, o engajamento dos empregados nesses cursos não atinge uma média alta e apresenta que apenas 42% dos funcionários efetivamente realizam os cursos oferecidos.
O relatório apresentado pela World Economic Forum também listou habilidades que estarão em alta para o futuro do trabalho, dentre elas podemos destacar talentos que não necessariamente relacionam com habilidades técnicas, porém que serão muito valorizados pelas empresas, como: pensamento analítico e voltado para inovação, aprendizagem rápida, criatividade, resiliência e adaptabilidade, inteligência emocional e foco na experiência do cliente.
Voltando o olhar para as empresas, a Deloitte aponta que as maiores dificuldades e melhorias que estas enfrentam na nova realidade de trabalho estão diretamente ligadas a questões éticas. Esses desafios são especialmente pronunciados quando olhamos questões de interação de humanos e tecnologia, onde novas questões são levantadas para o ponto de vista ético.
A cultura corporativa “sempre conectada” é um obstáculo para o aprendizado em outras áreas, como inovação e a integração de novos funcionários. Em sua pesquisa com líderes globais de negócios e RH, a Deloitte revelou que tanto as empresas quanto os indivíduos precisam assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento da força de trabalho, entretanto a falta de interação social pode ser um problema a ser enfrentado.
As organizações que tratarem estas questões de ponta a ponta – mudando a sua perspectiva e considerando não apenas a ideia de “poderíamos”, mas também “como deveríamos fazer” – poderá construir uma relação de maior confiança com seus atuais e futuros colaboradores.
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